domingo, 15 de junho de 2008

Quando me amei de verdade

Charles Chaplin

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...
Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é...
Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a...
Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é...
Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é...
Saber viver!!!

sábado, 7 de junho de 2008

O calouro

Seres inferiores ou apenas ingênuos? O que propriamente significa ser calouro em uma universidade?

O calouro é um ser extremamente carente. Parecem estar gritando ‘precisa me amar, precisa me amar’ o tempo todo: você pode rir do calouro, engana-lo, sacaneá-lo, usa-lo – ainda assim ele quer muito que você o ame. Ele precisa do seu veterano para ensina-lo a viver no mundo hostil da universidade.

Sair da escolinha, um lugar onde todo mundo te conhece, onde o professor verifica quem faltou na aula passada para repassar a matéria, onde até a diretora te conhece e está disposta a ajuda-lo, merece e precisa de um rito de passagem. É preciso comemorar, mas é preciso crescer também. Assim nasceram os trotes.

No trote, o calouro vai aprender que é preciso um pouco de malicia para viver no mundo, que não se pode confiar inteiramente nas pessoas, e que melhor que seja seus amigos de curso do que estranhos com verdadeiras más intenções. Ele vai ser humilhado, questionado, explorado. O limite do trote depende do curso, das tradições internas, mas também do calouro – ele participa, e é, de certo modo, conivente, afinal ele é o ator principal da sua própria tragédia.

Os calouros poderiam se rebelar, não fazer o que seus veteranos pedem (ou mandam); mas isso significaria ser vaiado e retaliado por todos ao seu redor, e assumir um posicionamento demasiado rígido para sua condição. Precoce demais. Os calouros poderiam se unir, fugir, fazer retalias – mas não sabem como faze-lo. Os calouros não se conhecem, não sabem se organizar.

E também não é essa a escolha deles – como eu disse, eles querem ser amados. O que é um micro-sofrimento passageiro, perto das vantagens e benefícios que você vai conquistar com o passar do tempo? Ganhando seus veteranos, submetendo-se humildemente ou de maneira sarcástica (sim, existem calouros que chegam e fazem por fazer, perguntam, ‘é isso mesmo que você quer que eu faça? Que ridículo, ta bom eu faço, isso vai te fazer feliz? Vai ser meu amigo se eu fizer?’) é garantia de parceria, de amizade e de momentos para lembrar e chorar (de rir) na sua vida.

A partir do final do trote uma nova vida se forma: torna-se adulto, agora a pessoa é responsável pelo seu próprio estudo, seu material, seu almoço; alguns vão começar a trabalhar, outros a fazer carreira acadêmica. Aqui nos despedimos da vidinha infantil da escolinha folhinha feliz e entramos no mundo sórdido e podre da vida adulta. Conhecendo o que há de melhor e pior – sexo, drogas, e musica eletrônica. E aprendemos a ser biólogos, médicos, dentistas, jornalistas, geólogos. Cada um a sua maneira, ao seu ritmo e modo.

Rir do calouro é rir de você mesmo.É reconhecer que um dia você já foi aquilo, já foi ingênuo, bobo, desorientado, carente. E reconhecer que – graças a deus – você mudou. Em um semestre ou um ano se tornou outra coisa. Afinal, com todas as provas e dificuldades, vale a pena estudar.

domingo, 1 de junho de 2008

Se um cachorro fosse seu professor...

Você aprenderia coisas assim:

Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.

Nunca perca uma oportunidade de ir passear de carro.
Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.

Desconfie dos estranhos, mas saiba ter confiança quando não tem motivos para desconfiar.

Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.
Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.

Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.
Corra, pule e brinque todos os dias.
Tente se dar bem com o próximo...


Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore.
Quando estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.

Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado... volte e faça as pazes novamente.

Aproveite o prazer de uma longa caminhada. Sente, se cansar.
Se alimente com gosto e entusiasmo. Coma só o suficiente.

Seja leal.

Nunca pretenda ser o que você não é.

Se você quer se deitar embaixo da terra, cave fundo até conseguir. O mais fundo que conseguir. Ou o mais fundo que você achar suficiente.

Faça o que você se propõe a fazer. Aquilo que você se sente bem fazendo, aquilo que realmente é da sua natureza.

E o MAIS importante de tudo...

Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar. Sempre.