Desgastada pela dureza das palavras e da beleza, deixou de sorrir. Encontrou-se com a faca na cozinha, mas foi incapaz de se punir. À beira do abismo decidiu que não havia mais nada a perder. Antes de morrer, decidiu deixar-se enlouquecer.
Fugiu de sua vida para outra, e supôs-se esquizofrenicamente felina. Levava ainda sua velha rotina durante o dia, e encontrava outra parta à noite.
Mergulhada nas profundezas da noite encontrou a inspiração. E tal como Perséfone não pode mais fugir de sua prisão. O roçar das cordas excitava-a. Valendo-se do pouco pudor que ainda tinha, despiu-se e tomou toda a vergonha do mundo para si.
Não podia mentir nem chorar, mas sofria. Era incapaz de escolher ou mandar, e embora petrificada, não parava em um só lugar.
Foi quando os portais se abriram e a realidade deixou de existir. Não queria mais saber de verdades nem desejos que não pudesse sentir. Quis morrer mais de uma vez mas o destino não quis. Por sorte ainda teria 7 vidas. Não queixou-se mais das luzes, e sem paz, se deixou viver.
3 comentários:
oi oi oi!!
visual novo no blog, mt bom!!!
[e eu estava com saudades de ler teus textos...]
"Não queria mais saber de verdades nem desejos que não pudesse sentir."
[eu sei o que é isso...]
bjks!!
Muito, muito bom seus textos!!!
daleeeeeee
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