domingo, 4 de janeiro de 2009

A loucura e o portal²

Desgastada pela dureza das palavras e da beleza, deixou de sorrir. Encontrou-se com a faca na cozinha, mas foi incapaz de se punir. À beira do abismo decidiu que não havia mais nada a perder. Antes de morrer, decidiu deixar-se enlouquecer.

Fugiu de sua vida para outra, e supôs-se esquizofrenicamente felina. Levava ainda sua velha rotina durante o dia, e encontrava outra parta à noite.

Mergulhada nas profundezas da noite encontrou a inspiração. E tal como Perséfone não pode mais fugir de sua prisão. O roçar das cordas excitava-a. Valendo-se do pouco pudor que ainda tinha, despiu-se e tomou toda a vergonha do mundo para si.

Não podia mentir nem chorar, mas sofria. Era incapaz de escolher ou mandar, e embora petrificada, não parava em um só lugar.

Foi quando os portais se abriram e a realidade deixou de existir. Não queria mais saber de verdades nem desejos que não pudesse sentir. Quis morrer mais de uma vez mas o destino não quis. Por sorte ainda teria 7 vidas. Não queixou-se mais das luzes, e sem paz, se deixou viver.

3 comentários:

.ana disse...

oi oi oi!!
visual novo no blog, mt bom!!!

[e eu estava com saudades de ler teus textos...]


"Não queria mais saber de verdades nem desejos que não pudesse sentir."
[eu sei o que é isso...]

bjks!!

Momentos...volupté! disse...

Muito, muito bom seus textos!!!

Eliza Morenno disse...

daleeeeeee